O Senado do Chile aprovou, por unanimidade, nesta terça-feira (21), a redução da jornada semanal de trabalho de 45 para 40 horas semanais, sem redução salarial. O projeto agora volta para a análise final na Câmara e, sendo aprovado, vai à sanção do presidente Gabriel Boric.
Pelo texto negociado entre parlamentares, governo e movimento sindical, a entrada em vigor da nova jornada será feita gradualmente: com 44 horas no primeiro ano; 42 horas no terceiro ano e 40 horas no quinto ano, contadas a partir da publicação da lei.
A ministra do Trabalho de Boric, Jeanette Jara, elogiou o trabalho conjunto entre os poderes para o aperfeiçoamento do texto. “Foi melhorado por parte do Executivo e os parlamentares também fizeram a sua parte, colocando algumas indicações que são complementos ao projeto”, disse Jara.
Já a ministra da Secretaria-Geral do governo, Camila Vallejo, comemorou o longo trabalho pela aprovação da iniciativa, que vem desde 2017, quando ela era deputada, sob a presidência do conservador Sebastián Piñera.
“Foram cinco anos de trabalho no Congresso para melhorar a qualidade de vida das pessoas e das famílias. Um país que avança para melhor qualidade de vida é o país que merecemos e sonhamos. Esperamos que no 1º de maio os trabalhadores celebrar essa lei”, sinalizou a ministra que marcou época como líder do movimento estudantil universitário no começo da década passada.
Direito ao cuidado
Também presente no Senado durante a votação histórica, a ministra das Mulheres, Antonia Orellana destacou o direito ao cuidado como fator importante para a aprovação unânime do projeto.
“A corresponsabilidade nos trabalhos de cuidado e poder avançar na consagração do direito ao cuidado foi um ponto importante no acordo firmado com a oposição”, revelou Orellana.
Fonte: El Ciudadano