O jornalista Carlos Pagni informou, nesta segunda-feira (10), no seu programa no canal La Nación+, que Laura Belén Arrieta, apresentada nas redes sociais de lideranças da extrema-direita como integrante da organização da Conferência Política de Ação Conservadora (CPAC), entrou na Argentina, na semana passada, com várias malas que não foram revistadas pela Polícia de Segurança Aeroportuária (PSA), nem pelo pessoal da alfândega. Arrieta pousou no aeroporto de Ezeiza, na grande Buenos Aires, vindo num voo privado com origem em Miami.
Segundo Pagni relata, uma “ordem de cima” impediu que os funcionários do aeroporto fizessem a vistoria. “Não tem nada aqui para olhar”, foi a frase que o jornalista citou de sua fonte,
A emissária do CPAC aparece em fotos com Javier Milei e com o deputado brasileiro Eduardo Bolsonaro nas redes sociais, entre outras figuras de peso da extrema-direita dos EUA e de outros países.
Criptogate
O caso acontece em meio ao avanço das investigações do caso $Libra, a criptomoeda divulgada por Javier Milei nas suas redes sociais, criada por empresários que estiveram na Casa Rosada ou na Quinta de Olivos (residência oficial do presidente da Argentina) em doze ocasiões num período de 13 meses.
Na quinta-feira (6) a polícia realizou ações de busca e apreensão nas residências e escritórios do empresário Maurício Novelli, uma das caras por trás da $Libra na Argentina e ex-empregador de Milei na NW Professional Traders, além de Sérgio Morales, que era funcionário da Comissão Nacional de Valores da Argentina, vinculado a Karina Milei, segundo a imprensa local, e renunciou ao cargo um dia após a visita da polícia aos seus endereços. Na ação foram apreendidos celulares, computadores, documentos.
Assista ao vídeo de Carlos Pagni fazendo a denúncia, que está tendo forte repercussão nos meios de comunicação e nas redes sociais nesta terça-feira (11).
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