Aliança “Juntos faremos história” terá 308 de 500 cadeiras na Câmara e 69 de 128 no Senado
Andrés Manuel López Obrador, presidente mexicano eleito em julho que assumirá o mandato no dia 1º de dezembro, governará com ampla maioria no Congresso, que começou a legislatura de três anos no último sábado (1º). A sua aliança “Juntos faremos história” elegeu 308 de 500 deputados na Câmara e 69 de 128 cadeiras do Senado.
O partido de Obrador, o Movimento de Regeneração Nacional (Morena), de centro-esquerda, fez sozinho 254 deputados e 55 senadores. Dentro da coalizão governista, a segunda força é o Partido Encontro Social (PES), de centro-direita, que contará com 30 deputados e oito senadores. O terceiro integrante da aliança que venceu a eleição presidencial é o Partido do Trabalho (PT), que conquistou 29 vagas na Câmara e seis no Senado.
Martí Batres Guadarrama (51) e Porfirio Muñoz Ledo (85), ambos do Morena, serão os presidentes do Senado e Câmara, respectivamente.
Na oposição, a maior bancada será a do neoliberal Partido Ação Nacional (PAN), com 79 deputados e 23 senadores. Na sequência vem o Partido Revolucionário Institucional (PRI), que comandou initerruptamente o país entre 1929 e 2000, que elegeu 47 deputados e 13 senadores.
Agenda – O combate à corrupção e ao narcotráfico, juntamente com a revisão dos contratos no setor energético e o controle dos preços dos produtos agrícolas essenciais – como milho, feijão, trigo, soja, arroz, sorgo e lácteos – são os eixos principais do programa de Obrador, que terá que passar pelo Parlamento para ser implementado.
No caso do enfrentamento aos cartéis, o novo presidente já anunciou diretrizes gerais de um plano que inclui a descriminalização da cannabis e da papoula, plantas das quais se produz a maconha e a heroína, e a anistia a criminosos que possam ajudar o Estado a capturar chefes das organizações criminosas.
Gênero – Confirmando o que havia prometido em campanha, Obrador anunciou um gabinete com paridade entre homens e mulheres para conduzir as 16 pastas da estrutura do governo.
Rogério Tomaz