O governo da Alemanha decidiu proibir, pelo resto da vida, a entrada e a residência em seu território da neonazista espanhola Isabel Peralta (21), conhecida mundialmente por ter organizado, em fevereiro de 2021, em Madri, um ato de homenagem à Divisão Azul, batalhão de fascistas espanhóis e portugueses que lutaram ao lado das tropas nazistas na Segunda Guerra.
As autoridades alemãs, segundo o portal espanhol Crônica Política, justificam a resolução administrativa porque Peralta representa “perigo para a segurança e a ordem pública”, já que poderia difundir suas mensagens de caráter “fascista e antissemita” com mais intensidade.
O governo alemão aponta ainda que a jovem espanhola “rompe a paz social com suas atitudes extremistas, racistas e antissemitas”.
Racismo e hipocrisia
No ato em Madri que homenageou a Divisão Azul, Peralta se referiu aos judeus como “um problema” e os chamou de “inimigos”, além de ter acusado esta comunidade de ser culpada pelo “enfraquecimento e liquidação” da Europa.
“Não existe nada mais certo do que essa afirmação: o judeu é o culpado!”, disse a extremista no evento.
Ironicamente, em junho de 2022, Peralta disse que não conseguia arrumar emprego e sofria discriminação trabalhista por conta da sua ideologia nazista.
Bem que esse exemplo da Alemanha poderia ser adotado pelo poder público do Brasil em relação aos bolsonaristas que pregam a instauração de uma ditadura militar.
A única solução para o fascismo é o seu isolamento social e a proscrição de seus adeptos de qualquer espaço de poder político.
Fontes: El Ciudadano (Chile) e Crônica Política (Espanha)