Documentário sobre Eduardo Galeano começou a ganhar o mundo

Com título emprestado de um dos livros de Galeano, o documentário de Felipe Nepomuceno estreou no Cine Ceará em agosto e vai percorrer o circuito de festivais nos próximos meses

“Um filme dos abraços, para o maior contador de histórias da América Latina”. Assim está descrito o documentário “Eduardo Galeano Vagamundo” (2018), do diretor brasileiro Felipe Nepomuceno, que teve sua primeira exibição no 28º Cine Ceará, realizado em Fortaleza, no início de agosto.

A “sinopse” sucinta e afiada, bem ao estilo textual do uruguaio, indica o caráter de homenagem da obra, que reúne seleto grupo de pessoas do círculo íntimo – ou nem tanto, mas igualmente fãs – do escritor que ganhou a eternidade em 2015. A viúva Helena Villagra, o “irmão” Juan Gelman, o amigo de longa data Joaquín Sabina. O ato brasileiro Paulo José, confrade de jantares no Rio dos anos 80 e 90. O colega de ofício das letras Mia Couto. O rosto mais famoso do cinema argentino, Ricardo Darín. E muitos outros que dão alma à vida que segue incessante na tarefa de tocar corações e que também aparece na tela em imagens nunca antes reveladas ao público.

Responsável – junto com o pai, Eric – pela belíssima série “Sangue Latino”, Felipe conheceu de perto o objeto do seu novo filme. Mais que isso, o nascimento do diretor – nos duros dias em que Vladimir Herzog foi preso e “suicidado” – é registrado numa passagem de “Dias e noites de amor e de guerra”, a obra mais lancinante de Galeano, repleta de intensos relatos dos anos de chumbo no cone sul.

O documentário vai rodar o circuito de festivais pelo Brasil, pela América Latina e por outras plagas neste semestre, mas por enquanto não há nenhuma nova data de exibição confirmada. Assista ao trailer abaixo e fique com água na boca (ou nos olhos).

Mais informações:

https://www.facebook.com/EduardoGaleanoVagamundo

Rogério Tomaz
Foto em destaque: Federico Guastavino

PS: Eduardo Galeano completaria 78 anos nesta segunda-feira (3).

“Eduardo Galeano Vagamundo”

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